quinta-feira, 15 de maio de 2014

Valiant Hearts: The Great War


Valiant Hearts: The Great War é mais uma prova da capacidade da Ubisoft de se diferenciar das concorrentes. Não há nada revolucionário no jogo, que é situado na Primeira Guerra Mundial, mas isso não o torna menos importante. A simplicidade e a beleza usadas para retratar o confronto o diferem de vários outros produtos da empresa. Ao lado de Child of Light, esse é um título que deve fincar o nome da companhia francesa como o grande nome da indústria atualmente.


É inegável a postura estritamente comercial, e por vezes caça-níquel, que ela lida com grandes franquias - vide Assassin's Creed, Splinter Cell, Prince of Persia e Rainbow Six. Nos últimos anos, porém, boa parte dessas séries trouxeram bons jogos - ao mesmo tempo que outros títulos menores exploram mecânicas e estruturas narrativas diferentes. Rayman, The Mighty Quest Epic Loot, Child of Light e agora Valiant Hearts, corroboram tais vertentes. Entre erros e acertos, a empresa sai no lucro ao variar o portfólio e criar uma identidade diversificada, fugindo assim do padrão estabelecido por outras gigantes do mercado.
Essa constatação veio a partir dos primeiros 30 minutos de Valiant. O jogo apresenta seu enredo por meio de uma narração em off e artes feitas com a engine UbiArt Framework. Os desenhos são simpáticos, cheios de cor, mas sem expressões faciais. O único personagem com rosto é o cachorro, que de início se revela como a ligação emocional entre o jogador e a história. As mecânicas são uma mistura de plataforma e puzzles com toques de combate - novamente, nada revolucionário; apenas bem executado.


O roteiro segue diferentes personagens ao longo da Guerra e troca a perspectiva sempre que o capítulo é encerrado. Durante o tempo jogado, o combate entre as nações não foi o foco. O interesse principal é a interação entre os personagens que, até ali, ainda eram superficiais apesar de construídas sem pieguices. Um adendo histórico interessante são os diários mostrados quando o cenário muda - eles explicam ao jogador os acontecimentos reais e em que contexto aquela fase se encaixa. Narrativa e comandos combinados denotam o objetivo de Valiant: ser simples e direto. Se ao longo do caminho a história emocionar, tarefa cumprida com louvor.

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