quarta-feira, 28 de maio de 2014

O RETORNO DO SUCESSOR DE TOGAKURE!!!

FOCUS FILMES RELANÇA JIRAIYA, COMPLETO EM BOX ÚNICA, COM CORREÇÕES DE VÍDEOS, LEGENDAS E ÁUDIOS.
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Rubem Neto

Escaner da digistak aberta.























Após anos sendo crucificada pelos fãs de tokusatsus por ter causado transtornos com erros nos tão aguardados lançamentos de Jaspion, Changeman, Jiraiya, Jiban, Flashman e demais, a Focus Filmes resolveu tentar limpar seu nome com o RELANÇAMENTO de "Jiraiya, o Incrível Ninja".

No caso, nos citados acima, os erros da distribuidora foram com relação apenas a Jiraiya e Changeman (e deslizes nas vinhetas de Flashman), cujos episódios (alguns) traziam imagem da TV japonesa (inclusive com o logotipo da Toey Company no canto da tela) e gafes nas legendas e áudios. Uma legião de fãs indignados resolveu não comprar os DVDs na época (junho de 2009), esperançosos em um dia as devidas correções acontecerem.

O tempo foi passando e tudo que a distribuidora fez foi extinguir as latas e os brindes e relançar os títulos em embalagem digistak contendo a coleção completa (em 10 DVD`s), todavia a mesma versão defeituosa. Anterior a isso se teve outra edição em caixa dupla (e desnecessária), que dividia as séries em duas temporadas: na caixa 1 vinham dois discos e na caixa 2 vinham três discos, como foi o caso de Jaspion, Changeman e Jiraiya.

Afonso Fucci, um “dos cabeças” destes lançamentos no Brasil (juntamente com Ricardo Cruz), costumava jogar água fria e tirar as esperanças dos colecionadores quando em suas entrevistas se falava em recall.

Mas em 2014 a espera valeu a pena (valeu foi a galinha toda!), pois a Focus anunciou para fevereiro o relançamento de Jiraiya, que atualmente já pode ser encontrado nas lojas. E a capa da embalagem trás explicitamente, sobre uma faixa vermelha, a especificação “Novos vídeos, legendas e áudios”.

Considerando o desleixo da empresa com seus títulos, esta nova versão vem agradando muita gente no que diz respeito à imagem e às legendas (não mais embutidas, agora selecionáveis). A imagem veio no contraste certo, capaz de encher os olhos da Geração Manchete que chegou a vê-los com imagem chuviscada em antenas com palha de aço na ponta.

Mesmo assim alguns deslizes ainda ocorreram como na arte dos menus e da embalagem. Os menus são padrões em todos os discos (contudo traz uma animação muito interessante). Quanto à embalagem, essa merecia mais atenção. No primeiro lançamento a lata (que comportava as duas lindas digistak`s mais brindes) era belíssima e bem trabalhada. Mas aqui o vírus da pressa e/ou preguiça parece ter infectado o design gráfico da Focus, pois tudo se fez foi “aconchegar” fotos dos personagens e textos informativos sobre um fundão totalmente preto. Na traseira não tiveram nem o trabalho de pôr o clássico texto com a ficha técnica de produção e elenco. A contracapa traseira interna (atrás da última “página” de discos) veio toda preta. Pelo menos uma imagem ali ajudaria a camuflar um pouco o descaso. E este chega a tanto que a sinopse no verso quase teve seu letreiro cortado (ficando muito em cima) por mau enquadramento. Abaixo da sinopse, um espaço exagerado foi tomado com cenas simples formando uma “escadinha”, o que poderia ter sido ocupado com uma arte mais elaborada (não necessariamente excluindo cenas) e um texto introdutório mais atraente.

Todo cuidado deve ser tomado ao manusear a caixa, uma vez que a Focus não disponibilizou uma luva. Isso mesmo. Temos apenas o “livreto” digistak sem luva, o que pode acarretar na queda e quebra (trincadura) dos discos.

Os label`s (rótulos nos discos) são os mesmos de antes. O áudio foi melhorado e não sofreu mais cortes como em 2009, trazendo inclusive as famosas chamadas “Numa distribuição TOP TAPE” e “Versão brasileira, Álamo”, para o delírio dos mais exigentes (eu...). Inclusive o chiado do episódio 47 foi reduzido.

As legendas estão boas. Aparecem e somem em um efeito de cross-fade, o que dá certo ar de elegância. Nem enlatados norte-americanos vêm com esse recurso. A fonte é branca em contorno preto e os nomes dos personagens e golpes seguem o padrão japonês e não a tradução da dublagem brasileira.

Outro fato curioso é que o áudio em português está mais acentuado que o japonês, mesmo ambos sendo 2.0. Os extras seguem os da versão japonesa.

Espera-se agora que o grupo Focus / FlashStar Home Vídeo trate com igual ética Changeman, outra série prejudicada pela falta de revisão e excesso de pressa por vendas por parte das distribuidoras de home vídeo do Brasil, que teimam em encarar como meros produtos séries tão valorizadas pelos brasileiros.

Todavia é válido sim adquirir a nova box digistak de Jiraiya. Foi um marco na vida de muitos brasileiros que na época não sonhavam na possibilidade de um dia possuir todos aqueles episódios, e digitais (vivíamos a era do VHS). Uma coleção como essa é, além de uma nostálgica e emocionante experiência, um verdadeiro registro histórico de tempos de ouro da nossa geração. Corre o risco em esgotar, como ocorreu à rara digipack de Os Cavaleiros do Zodíaco – Fase Elíseos, lançada em 2009 pela PlayArte!

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